sábado, 15 de fevereiro de 2014

Eu e os meus "eus". Por que sou assim?

     Todos precisam ter alguma base, algum alicerce para não deixar que a loucura de uma realidade insana (e simplória) tome conta totalmente de suas mentes.
     Querendo ou não, todas as pessoas precisam ter um meio de se introsar, é uma questão simples de sobrevivência que absolutamente todos temos em comum. Essa questão de "criar novos "eus"" para talvez se sentir aceito em um determinado grupo de pessoas ou sociedade é algo realmente instintivo.
      Me admiro ás vezes com a maneira que as pessoas acham de usufruir desses tais personagens, quer dizer, a falsidade inevitavelmente vem junto desse meio. Não é algo espontâneo, temos consciência de que não somos aquilo que dizemos ser. A solução que podemos atribuir a essa "pequena crise de identidade" é saber a hora certa de voltar para si.


domingo, 9 de fevereiro de 2014

"Eu ainda o amo,

   e lembro-me de quando o conheci, foi-me claro que ele era o único para mim. Ambos soubemos, de imediato.
   E, com um passar do tempo, as coisas tornaram-se mais difíceis, fomos confrontados com mais desafios... Eu o implorei que ficasse, tentasse lembrar do que tínhamos no princípio.
   Ele era carismático, magnético, elétrico, e todo mundo sabia disso. Quando caminhava, a cabeça de cada mulher se virava, todos se levantavam para falar com ele. Era como este híbrido, esta mescla de um homem que não conseguia se conter. Eu sempre tive a sensação de que ele se tornara dividido entre ser uma pessoa boa e perder todas as oportunidades que a vida poderia oferecer a um homem tão magnífico como ele. E dessa forma, eu o compreendi. E eu o amava.
   E ainda o amo."    

   Não tenho tido muita criatividade para escrever. Na verdade, não tenho tido vontade. Meus desabafos sempre são iguais, pelas mesmas razões fico melancólica, então nem sabia mais como me expressar.
    Ouvindo uma das minhas cantoras prediletas, Lana Del Rey, achei esse monólogo de uma de suas músicas: Monólogo National Anthem, que descreve exatamente o que sinto e o que eu vivencio hoje em dia. Achei viável colocá-lo aqui, é uma forma de expressão, de qualquer maneira.
     Nada melhor do que saber que não se está só, que sempre tem alguém que passa por algum problema similar ao seu e lhe ajuda a resolver.                                                


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Estação: Inverno

    Não estamos nessa época do ano ainda, eu sei... Mas a minha alma está.
    Antes aquelas canções de gente que não acreditava mais no amor soavam completamente vazias na minha cabeça. Agora, quando eu as canto, sinto como se o acaso se deitasse sobre mim gradativamente, me deixando inerte e sugando minha vida lentamente.
    Não quero pensar, não quero ter planos, não quero criar expectativas. Quero apenas que os dias passem de uma vez, que as feridas sejam cicatrizadas e nunca mais sejam abertas. Eu nem sei como pude deixá-las acontecer! Só para se ter uma noção de que nem os calculistas estão livres dessa alquimia emocional.
    Tudo fica feio; como se os pássaros que habitavam no seu coração enquanto estava apaixonado e era correspondido tivessem migrado para o Norte, simplesmente te deixando morrer no frio do Inverno glacial em que se encontra a rejeição. E então, o que fazer? Desistir? Nunca mais deixar acontecer?
    Dizem que muitas vezes as lutas podem dar errado. As chances de darem errado são bem maiores do que darem certo. Se quer ter amor, não deveria haver luta para consegui-lo! Todos deveriam ter em abundância.
    Quer saber? Eu cansei de esperar por algo que agora tenho certeza que jamais apareceria para alguém como eu. O que me fez pensar que eu poderia ter alguém que me amasse por cada gesto simples que eu pudesse fazer? Isso realmente não existe. Não para mim.  
    Será que um dia eu voltarei para a Primavera?
                                                                           Desisto.



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A felicidade - De um ponto de vista decadente

    As pessoas dizem muitas coisas à respeito de felicidade, e geralmente a mesma vem acompanhada de vários fatores como: o lugar onde se vive, com quem se vive e como se vive. Mas com o tempo fui percebendo que não se trata de ser feliz por causa de algum desses motivos citados. A verdade é que se não está feliz consigo nada consegue te deixar feliz.
    Para Aristóteles "a felicidade não está ligada aos prazeres ou as riquezas, mas a atividade prática da razão". Na opinião dele, a capacidade de pensar é o que há de melhor no ser humano, uma vez que a razão é nosso melhor guia e dirigente natural. Se o que caracteriza o homem é o pensar, então esta é a sua maior virtude e, portanto, reside nela à felicidade humana.
    Não. A felicidade não é algo racional, é instinto! Não escolhemos ser felizes e não somos apenas porque possuímos bens ou coisas,  mas está completamente ligada ao amor próprio, ao próximo e a proeza de abrirmos nossa mente para conhecermos coisas novas e aceitarmos a diferença do outro, ou do oculto. O negócio é aproveitar a felicidade que se sente todos os dias, de todas as maneiras, antes que seja tarde demais.
           
                         
                     

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Incógnito?

    Em um dia qualquer, estava na escola. Completamente só, apesar de estar rodeada de muitas pessoas, caminhava entre os corredores. E de repente, uma coisa me surpreendeu. Um rapaz muito bonito se aproximou e consigo trazia uma folha de caderno dobrada em suas mãos. Senti que estava nervoso, então poupei suas palavras e peguei a folha que ele me estendera. Curioso, não entendi o porquê daquilo tudo.
    A folha estava amassada, completamente riscada; como se ele tivesse tentado esboçar seus sentimentos através de alguma figura abstrata, porém não havia conseguido. Suas ideias se frustraram e então decidiu escrever algo.
    Os versos sinceros e revoltados tomaram conta da minha cabeça por alguns dias, eram firmes e ao mesmo tempo desesperados; ele queria dar um grito de liberdade e por alguma razão queria minha ajuda, estava me pedindo alento. Então li, e reli, e o fiz várias vezes.
                 
    "Incógnito? 
                 
     É estranho se sentir assim, se tornou comum sentir-se mal. Ficou fácil perder o controle, assim como sempre foi difícil ter razão. Nunca estive tão morto, depois de ter me sentido tão vivo!
     Estive preparado, mas não para isso. 
     Tenho que aprender a jogar nessa dificuldade, usando apenas a percepção e a insanidade; sem me preocupar com o que vai acontecer, vivendo sem pensar antes de fazer, sendo quem você sempre quis ser... Sem compreensão fica fácil enlouquecer! Mas mesmo que busque entendimento, sobre o que sentir ou o que dizer, não mudaria nada... Porque não tenho você." 
         
    Tentei esquecer. Afinal de contas, o que eu poderia fazer? É necessário muito mais do que um rostinho bonito para ganhar minha confiança. Preciso de estabilidade, certezas. Chega de indecisões.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Um homem muito à frente do seu tempo!

     Todos sabemos que discriminação racial é uma bobagem. Mas quando um país inteiro adota esse tipo de mentalidade e ainda por cima um regime falho de separação entre pessoas negras e brancas, essa "bobagem" fica bem mais séria.
     Não preciso nem dizer quem foi Nelson Mandela, esse nome tão forte já fala por si só. Lutou bravamente pelos direitos dos negros de pertencer à uma sociedade e viver com o mínimo de conforto que um ser humano precisa. Mesmo assim, o homem que lutou por todos perdeu metade da vida na cadeia por ser considerado um vândalo. Já dizia Krishnamurti: "Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente", e ele estava completamente certo.

     Mas cadê o luto? Cadê a admiração dos negros em respeito à morte do pai da pátria negra? Está certo de que ele não estava bem e que já não era tão forte quanto jovem, porém seus familiares dizem que ele lutou pela vida até o último suspiro. A força não está somente no físico, mas na capacidade que cada um tem de aceitar sua condição. Mas não, a única coisa que vejo são pessoas bobas pegando imagens do Morgan Freeman e tirando sarro do homem que fez tudo o que pôde para os negros terem direitos como os brancos, isso porque não estavam lá no Apartheid. Se fosse a Megan Fox ou talvez um cantor de funk famoso as pessoas exigiriam respeito e se doeriam até mais do que os próprios familiares.
     Aqui vão minhas sinceras condolências á este homem, Nelson Mandela, que fez muito por todos nós e nos mostrou desde o início que a nossa cor não importa, mas o nosso caráter deve ser sempre claro, puro e limpo. Sua memória será preservada. Falta muito para vivermos em um planeta onde a discriminação (seja ela racial, sexual, etc.) não exista mais, porém você já deu um grande avanço e muitos pretendem seguir seus passos.
                                                                                                
                                                                                                         Até o próximo post.