Todos os meus medos, minhas preocupações, meus temores... Tudo, absolutamente todas as coisas que me deixam aflita estão tão mais próximas de mim, consigo sentir o cheiro da vergonha.
Tomei uma medida quase que desesperada, acabei trazendo o bom ânimo para as minhas manhãs, mas algo nisso está errado! O que seria? A angústia tomou conta da minha cabeça...E o mais estranho é o motivo, é o que me leva a esta estafa e agonia diárias. É o medo de mim mesma, a falta de auto-suficiência que tenho tido, os pensamentos tristes que passeiam pelas minhas veias, e claro, a monotonia, que está impregnada na minha vida e estampada na minha cara.
Ah, quando estou prestes a explodir eu grito, um grito tão desesperado que tenho a impressão de que só eu ouço, e isso me assusta; é a certeza de que cheguei no lugar mais baixo da melancolia, o fundo do poço.
Eu queria mesmo sair, ter algum lenimento no bolso, andar pelos desvãos das nuvens, reincidir num plano todo azul escuro e caminhar lentigradamente. Ser um pouco mais lépida e menos lívida, leviana.
Preciso acordar! Sou uma simplória acobardada que está morrendo de abulia e afasia, mas que gostaria muito de se tornar ufana, absorta, absolta por mim mesma.
Acho que as pessoas acham que sou nosomaníaca, talvez até um pouco abrupta, mas não. Elas falam isso olhando para si mesmas. Só preciso de um lisérgico bem forte! Talvez precise também de alguém para adjazer comigo, mas é como dizem, o caminho da cura pode ser a doença e o do perdão, a sentença.
Eu fixo minha cabeça no passado mas é engraçado, ainda mantenho meus pés bem firmes no presente. Sei lá, me distanciar um pouco da realidade para pensar melhor ás vezes é uma boa válvula de escape. Deve ser por isso que as pessoas me acham tão louca.
Até o próximo post.
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